terça-feira, 21 de abril de 2009

Apresentaçâo da Interpretação da Bhagavad-Gita por Sai Baba


Mesmo antes de sua doença, o jovem e querido professor de história e filosofia, do Colégio Militar, já tinha experimentado a leitura da Gita. A doença, a tuberculose, colocou seu conhecimento a prova, transformou-o em experiência. O yoga, aprendido, e a partir daí, ensinado por Hermógenes, desde o início da década de 60, é um yoga não só de Patanjali, mas de Krishna principalmente, onde o papel da entrega e da fé abraça a todas as formas de caminhada do yoga. Sempre me questionei qual seria a fonte primaz, de tanta sabedoria emanada por Hermógenes, mais que os textos "Sabedoria do Evangelho" de Pastorino, a Bhagavad-Gita é algo que está na raiz do que o Professor nos ensina, ou melhor dizendo, no coração dos preciosos ensinamentos de Hermógenes. Talvez por isto, seus livros e ensinamentos tenham ajudado e ajudam a tantas pessoas, pois é totalmente baseado nos textos sagrados, nos textos e ensinamentos axiais da humanidade, sem modismos e invenções, apenas, o Dharma.

A Canção (Gita) do Senhor Supremo (Bhagavan) é a expressão eloqüente do bem que Deus nos quer, a cada um, sem exceção.

A Bhagavad-Gita é um diálogo entre Krishna, o Verbo Divino, e o Príncipe Arjuna. Estão na "terra-de-ninguém", isto é, entre os dois exércitos prestes a travar a grande batalha de kurukshetra. O dever do Príncipe era lutar em defesa da lei e da ordem, portanto, pela estabilidade e o bem estar do povo. embora reverenciado por sua lendária bravura e retidão exemplar, na hora mais imprópria, presa de depressão e temor, recusa-se a comandar a "guerra santa" contra a injustiça, a violência e a crueldade de seus primos, os Kurus, perversos usurpadores.

A causa verdadeira e última de seu grande estresse estava sendo um conflito ético entre seu dever de restaurar o dharma (a retidão, a justiçca, a lei...) e o ter de ferir e matar parentes seus e pessoas queridas e venerandas, presentes nas hostes inimigas.

Uma guerra íntima, em sua alma, já estava sendo travada e ele até cedera ao ignóbil desejo de desertar.

Estando Krishna como condutor do carro-de-guerra do Príncipe, decidido a curar tão desastrosa crise psicótica, aplica-lhe a terapia verdadeiramente infalível e onipotente - desvelar para o doente a Verdade Suprema, a única que tem o poder de livrar a alma da ignorância, que é a causa primeira e única de todos os erros e dores.

Há cinco mil anos, o Senhor cantou esta canção terapêutica diretamente para Arjuna, e indiretamente, por intermédio deste, ainda continua cantando para você, para mim, para todos os sedentos de paz, verdade, amor, felicidade, transcendência e redenção.

Por sua melodia, ritmo e harmonia, a Bhagavad-Gita é uma bonita canção. Por sua forma e estilo, um diálogo. Pela riqueza e sublimidade do conteúdo, uma aula magna da sabedoria Eterna e Universal. Por seu poder de curar, a mais portentosa terapia... Enquanto estudava este livro, cresceu em mim o desejo, posso dizer, o dever de divulgá-lo. Por quê? Porque será uma bênção para um número inimaginável de pessoas. Porque ele é admiravelmente original e dotado de uma santa magia que esclarece e torna assimilável a lição... Krishna ensina a cada um à medida que lhe for solicitado e na proporção e validade da auto-entrega.

Pessoalmente lhe agradeço pelo quanto, nesta Sua Canção, esclareceu-me sobre conceitos essenciais do Cristo, os quais, por mais que eu investigasse, até então, frustrado, não conseguira entender. Obrigado, Krishna, por me ter reconduzido ao Cristo!... Que a "krishnaterapia" faça a você o mesmo bem que fez ao Príncipe Arjuna, que ganhou a guerra santa. Que você também triunfe na santa guerra entre a luz e a treva, que se trava ininterruptamente em seu coração, no coração de qualquer um.

 

Prof. Hermógenes, A Interpretação da Bhagavad-Gita por Sai Baba (Traduzido, Introduzido e Explicado por Hermógenes), p. 7, Ed. Zian

 


Um comentário:

  1. "Obrigado, Krishna, por me ter reconduzido ao Cristo!..."

    Até choro ao ler isso, porque foi precisamente o mesmo que aconteceu comigo. Um dia desses escrevi em meu blog: "Até que à pouco tempo, eu encontrei-me com o Cristo fora do Cristianismo, e pude compreender em toda minha alma, com uma intensidade ímpar, que Ele está em todo lugar, que é onipresente nesse planeta de tal forma que está muito, mas muito acima de sua encarnação enquanto Jesus. Ele e Deus para mim são um, afinal. Ele é para mim muito mais que Jesus ou Evangelho, ele é o Cristo. Minha porta para Deus, e ao mesmo tempo um dos meus Mestres para aprender por mim mesma a abrir essa porta. Não Jesus, mas o Cristo. As palavras e os exemplos de Jesus eu encontros em muitos outros Mestres, mas o Cristo, não. Ele é a própria palavra, que se expandiu em todo lugar, através de vários Mestres, e de si mesmo, quando foi Jesus. Fiquei em paz com Ele, encontrei-o dentro de mim, aceitei-o como caminho, verdade e vida, só quando, enfim, tirei-o do reduto reducionista dos 4 evangelhos e da religião cristã, para ampliá-o como Cristo de toda a Humanidade, presente em todo lugar, especialmente dentro do meu coração, junto às minhas necessidades espirituaus, mais afinizadas o oriente. Onde eu for no mundo ou fora dele, com ou sem religião, ele estará comigo, tal qual Deus, nosso Pai, pelo Qual trabalhamos todos juntos, nós, o Cristo e todos os Mestres."

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