terça-feira, 21 de abril de 2009

Viver o Amor como um Yogue


Dia 08 de março de 2008.

Na Academia Hermógenes foi celebrado o aniversário de 87 anos do Professor.

A data de nascimento é 09 de março de 1921.

Nenhum anúncio especial foi feito, e nem poderia.

A Academia estava cheia.

O neto, Thiago Leão, foi o mestre de cerimônias, agradecendo a todos pela presença, carinho e flores, muitas flores.

Luis Mário, um dos vários excelentes professores da Academia, ressaltou as qualidades de mestre espiritual de Hermógenes, entre elas a humildade, em não aceitar os elogios.

Pessoas do Brasil todo estavam por lá, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, Paraná, até do exterior, para homenagear o aniversariante.

Todos os alunos cariocas que estiveram no retiro de Carnaval de Santa Catarina, organizado com Marco Shultz e comigo (Vitor), também foram. Uma grande alegria!

Ressaltei na apresentação a profundidade, e vastidão da obra do Professor, em conjunto com os maiores autores sobre Yoga da Humanidade, lembrando uma conversa que tive com Pedro Kupfer, que afirmou: - Um dia sonho em escrever como Hermógenes escreve.

Ao final, Thiago preparou uma surpresa, uma faceta de Hermógenes que poucos conheciam.

Ele já havia celebrado a cerimônia de casamento de um ex-bispo, e outras pessoas, como do próprio neto, e com a benção de todos os presentes, celebrou meu casamento com Lili. Emocionante. Seu discurso sobre o Amor, fizeram muitos chorar. Falou da compaixão, na importância de trabalharmos pela felicidade de nosso companheiro ou companheira.

Os textos escolhidos retratam um pouco as palavras celebradas pelo Professor em seu aniversário. Ao final, cantamos, rezamos, celebramos a Krishna, a Buda, a Jesus, a Maomé, a Sai Baba, um exemplo das múltiplas expressões que o yoga pode assumir. A diversidade, e ecumenismo sempre presentes em Hermógenes

"Portanto, o que Deus juntou não o separe o homem...”

Quando é que podemos dizer que “Deus juntou”?

Quando, diante da lei, os nubentes assinaram o contrato?

Será um contrato o vínculo de Deus?

Um casal se une diante de um altar, perante um sacerdote e testemunhas...

O ritual será o vínculo de Deus?

O elo divino não é feito de papel nem de cerimônia pomposa.

Que é este misterioso vínculo indissolúvel, que o homem não pode separar?

É Deus mesmo que o define:

“De modo que não são dois, mas uma só carne...”

Esta é a divina união, que Deus abençoa e os homens não desfazem.

É o próprio Deus.

Deus, que é Amor.


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Amor não é aquele que só consegue amar a perecível forma.

Por ser fácil, é vulgar amar a formosura da forma.

Esse amor, que não vai além do apetite estético, é tão vulnerável quanto a própria beleza transitória. Dura somente o tempo que dura aquilo que o tempo, a doença e a morte desfiguram e estinguem.

O Amor liberto do tempo, das injunções existenciais, o Amor que perdura, os vulgares não conhecem, pois não entendem o que é amar a Essência, que transcende as formas.

Somente os que já conseguiram penetrar em algumas camadas mais sutis e profundas de seu próprio universo interno, portanto, mais longe do ilusório, são capazes da libertadora aventura, da transcendente ventura de Amar.

Este amar Real também goza a forma.

Mas, em realidade, ama a Essência, que lhe dá Eternidade, Infinitude, Transcendência, Felicidade, Plenitude.


Prof. Hermógenes, Mergulho na Paz, p. 219

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