Neste
último dia dos namorados, Lili, minha esposa, entrou para a cirurgia
cesariana que daria nascimento à nossa filha, Maria Mariana.
Hermógenes já estava a nos ligar semanalmente, perguntando se a
entrega (o bebê) já havia sido feita. Momentos antes que eu
entrasse na sala de cirurgia, liguei para Hermógenes e disse: -
Professor, vai ser agora! E ele ordenou: - Vitor, repita comigo:
Entrego...(esperou que eu repetisse),Confio..., Aceito,...e
Agradeço.
Depois que repeti, tão explicito comando, ele finalizou: - Agora vai, que estou em prece. Ligue-me quando tudo finalizar.
Corri para a sala de cirurgia, presenciar o primeiro pranayama de minha filha.
Assim que Lili, Maria Mariana e eu estávamos no quarto da maternidade, ligamos para Hermógenes, que novamente abençoou no nascimento.
Depois que repeti, tão explicito comando, ele finalizou: - Agora vai, que estou em prece. Ligue-me quando tudo finalizar.
Corri para a sala de cirurgia, presenciar o primeiro pranayama de minha filha.
Assim que Lili, Maria Mariana e eu estávamos no quarto da maternidade, ligamos para Hermógenes, que novamente abençoou no nascimento.
Envolvidos
por uma situação de estresse violento, de desafio alarmante,
assaltados pela dor em forma de doença, pelo desemprego,
desconforto, quando imersos numa crise que ultrapassa nossas
esperanças de solução, é imperioso mobilizar todos nossos
talentos, poderes, possibilidades, nossas reservas, para tentar uma
saída, uma superação. Depois disso, se ainda nos vemos submetidos,
manietados, derrotados, extenuados, vencidos, condenados... que resta
fazer?
Para
fazer face a situações assim, que me convencem de minha impotência,
tenho aplicado, com vitória, uma estratégia que minha longa
existência me fez aprender: entrego o problema ou entrego a mim
mesmo, confiando na providência divina, e, portanto, predisposto a
aceitar o que vier como resposta, e, numa prova de amor e fé,
agradeço a Deus, antecipadamente, pela resposta que Ele achar
melhor, seja qual for. Entrego, confio, aceito e agradeço!
A
entrega não chega a ser verdadeira se desejamos uma determinada
resposta. Se nos entregarmos totalmente, de imediato a paz nos
acaricia. Aí, naturalmente deixamos a batalha com Deus, que tudo
pode, para que ele batalhe por nós. O alívio é imediato. Estar
entregue a Deus é a mais perfeita condição de ahimsa, de brandura,
de sábia imobilidade e, por isso mesmo, a mais eficaz.
Suponho
que Deus, que sempre nos quer vivos, sadios, felizes, vitoriosos, se
sente homenageado quando Lhe damos a chance de nos socorrer. Ele, que
sempre deseja nossa fiel e incondicional confiança, aproveita a
entrega e põe a nosso favor Sua onisciência, onipresença,
onipot^neica, e é só o que nos salva. Enquanto, apavorados,
estressados, nos debatemos em gestos inócuos, desesperados,
imprecisos, violentos e agoniados, ele não encontra condições de
assumir nossa batalha; não tem como atuar.
Ter
fé em que Deus nos dará isso ou nos livrará daquilo é o que mas
se vê. E achamos que agir assim é ter fé. Não é. A verdadeira fé
consiste em calar para que Ele fale, em nos reder ao que Ele quiser
fazer de nós e por nós. Entenda este “seja feita a Vossa vontade”
como wuwey, brandura, ahimsa, não-violência, saranagathi. Se você
quiser dar uma chance a Deus para que Ele ganhe a batalha, para que o
salve, cure, liberte, ilumine, pacifique, o que tem a fazer é
precisamente oferecer-Lhe sua quietude, sua brandura, sua
não-violência. Se continuar afobado, com pode Deus
atuar.
Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus (Salmos 46:10)
Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus (Salmos 46:10)
Hermógenes,
Convite à Não Violência, p.109
o hermógenes é um amor! viva a maria mariana e essa família linda!
ResponderExcluirJá li esse post umas 20 vezes. Sabedoria pura!
ResponderExcluirAbs!
Preciso dessa sabedoria desesperadamente.
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